Os mais encontrados estão em regiões mais quentes, portanto, se concentram nas regiões tropicais e subtropicais do globo terrestre.
As espécies sinantrópicas do Brasil são representadas por: Cryptotermes havilandi, Heterotermes tenuis, Nasutitermes corniger e Cryptotermes brevis.
As castas exercem diferentes funções: a rainha e o rei têm função na reprodução e manutenção da colônia, a casta dos soldados, protege os ninhos, e a casta dos operários, que são as responsáveis pelo fornecimento de suprimento e construção do termiteiro e, é a casta mais numerosa.
Os cupins têm como todo inseto, o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, têm três pares de pernas, e a casta dos reprodutores apresenta dois pares de asas sub-iguais. Na cabeça há um par de antenas e um par de olhos compostos, desenvolvidos nas formas aladas e atrofiados nas formas ápteras.
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Os ácaros são um grupo heterogêneo de aracnídeos que compreende desde espécies de vida livre e importantes para a regulação dos processos de decomposição da serapilheira de florestas como, inimigos naturais de outros ácaros e nematóides e, também, parasitos de plantas e, por último, vertebrados. Os carrapatos representam cerca de 870 espécies dentro da Ordem Acari que é a mais abundante dentre os Arachnida, com 50.000 espécies conhecidas até o presente. São os gigantes (> 10 mm) do grupo e compreendem três famílias reunidas na Subordem Ixodida. São ectoparasitos importantes para a saúde pública e animal, porque podem causar injúrias diretas e indiretas a seus hospedeiros, além da transmissão de agentes patogênicos. As famílias Ixodidae e Argasidae distribuem-se em todos os continentes e compreendem, respectivamente, os carrapatos popularmente conhecidos como carrapatos duros, com aproximadamente 680 espécies descritas e os carrapatos moles, com 183 espécies. Na região Neotropical ocorrem 80 espécies de Argasidae e 120 de Ixodidae.
Características dos carrapatos
Os carrapatos possuem o corpo em uma só peça que possui duas regiões principais, o gnatossoma (ou capítulo), região anterior com as quelíceras e pedipalpos e o idiossoma, região posterior com todos os apêndices locomotores e sistemas com suas aberturas respiratória, anal e genital. Ventralmente o capítulo apresenta o hipostômio que é a fusão das bases das coxas, e que funciona como órgão de fixação no hospedeiro. O hipostômio com espinhos recurvos, a posição das aberturas respiratórias após a base da quarta perna, a presença do órgão de Häller (termorreceptor) nos tarsos das primeiras pernas e a hematofagia em pelo menos um estágio pós-embrionário, caracterizam os carrapatos.
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Também denominados de gorgulhos, os carunchos são pequenos besouros pertencentes à ordem Coleóptera. Como todo inseto, seu esqueleto é externo e revestido por uma camada de quitina, que é lisa, brilhante e rígida. E como todo besouro, possuem dois pares de asas, sendo que o primeiro par, chamado élitro, é rígido e confere proteção ao outro par de asas e ao abdômen do inseto.
Os carunchos são considerados pragas agrícolas principalmente de grãos armazenados, embora possam também infestar os grãos ainda no campo, durante o desenvolvimento e maturação destes. Embora a infestação de grãos no campo não comprometa muito a produtividade da safra, se tona prejudicial na medida em que, quando colhida, pode infestar os depósitos, comprometendo grande parte do estoque armazenado, caracterizando a chamada “infestação cruzada”. As infestações são prejudiciais aos grãos e à agricultura, pois afetam o valor nutricional do grão e diminuem seu poder germinativo, levando à desvalorização do produto. Além disso, podem provocar aumento da umidade dos grãos, propiciando condições para o desenvolvimento de patógenos, como fungos.
Os adultos de carunchos medem em torno de 6 milímetros de comprimento. Seu tamanho diminuto e a resistência promovida pelos élitros conferem grande capacidade de locomoção nos pequenos espaços entre os grãos na armazenagem, suportando, inclusive, grandes compressões ao alcançarem os espaços mais profundos do armazenamento.
Os carunchos apresentam polifagia, ou seja, podem se alimentar de diversos grãos armazenados, o que contribui para a sua abundância. Fatores como temperatura, luminosidade, grau de impurezas e umidade dos grãos interferem nas suas infestações.
Usualmente chamam-se de carunchos os besouros da família Curculionidae, a família mais diversa entre os seres vivos, apresentando cerca de 60.000 espécies descritas, sendo que destas em torno de 5.000 ocorrem no Brasil. Também conhecidos como bicudos, os besouros da família Curculionidae apresentam espécies que se associam a plantas específicas e atacam principalmente cereais.
Até 1959 acreditava-se que a principal espécie de caruncho que atacava cereais era Sitophilus oryzae. Entretanto, naquele ano foi demonstrado que na verdade tratavam-se duas espécies distintas, recebendo os nomes de S. zeamais e S. oryzae. Essas duas espécies são muito parecidas morfologicamente, e a distinção só é possível através da observação detalhada da genitália. No estado de São Paulo S. zeamais é a espécie de caruncho que mais ataca e causa danos aos grãos de milho. Já S. oryzae ataca principalmente trigo, seguido de arroz, sorgo e, por último, milho.
Além de S. zeamais e S. oryzae outras espécies também são denominadas de caruncho. Araecerus fasciculatus é um besourinho da Família Anthribidae, sendo um importante caruncho de café. No feijão podem ocorrer infestações por carunchos da Família Bruchidae como Zabrotes subfasciatus, Acanthoscelides obtectus e Callosobruchus maculatus.
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COCHONILHA
As cochonilhas são pequenos insetos, de apenas alguns poucos milímetros e que pertencem à Ordem Hemiptera (a mesma em que estão incluídos os percevejos, as cigarras, as cigarrinhas e os pulgões). Existem cerca de 2000 espécies de cochonilhas no mundo, sendo que pelo menos de 350 espécies ocorrem no Brasil.
São animais estritamente herbívoros, que retiram os nutrientes das plantas, alimentando-se dos fluidos vegetais que são ricos em açúcar. Para conseguir obter esses fluidos da planta, também chamados de seiva elaborada, as cochonilhas contam com um aparelho bucal do tipo perfurador-sugador.
Esses insetos sugam a seiva principalmente das folhas, frutos e ramos de suas plantas hospedeiras, algumas espécies também atacam o tronco e as raízes. Quando o ataque é intenso, as plantas são bastante prejudicadas, ficando enfraquecidas e, em casos mais severos, podendo morrer. Os frutos atacados muitas vezes ficam com um aspecto ruim e perdem o valor comercial. Quando se colhem laranjas ou limões diretamente nas árvores suas cascas podem apresentar aspecto ruim, por estarem muitas vezes cobertas de cochonilhas. Para o comércio, essas frutas são lavadas e escovadas em grandes máquinas, até ficarem com as cascas limpas e polidas.
As cochonilhas podem ser divididas em dois tipos: as que possuem carapaça e as que não a possuem. As cochonilhas com carapaça pertencem à família Diaspididae e se caracterizam por apresentar um escudo protetor que recobre o corpo. Essas placas são constituídas pelos restos do exoesqueleto do inseto (chamada exúvia) que permanecem a cada troca do exoesqueleto, necessárias ao seu desenvolvimento. As cochonilhas sem carapaça estão classificadas em diferentes famílias e têm o corpo revestido por uma camada cerosa, que em algumas é formada por filamentos (no caso do gênero Ortezia, “cochonilha branca”) ou por uma placa (como nos gêneros Saissetia e Coccus).
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Lagarta das palmeiras é o nome pelo qual são chamadas as larvas de duas espécies de borboletas. Esses insetos pertencem, na classificação científica, à Ordem Lepidoptera, Família Nymphalidae e Subfamília Brassolinae. Essas duas espécies, de maior importância por causarem prejuízos aos homens, recebem os nomes científicos deBrassolis sophorae e Brassolis astyra.
A borboleta de Brassolis astyra é praticamente toda de coloração pardo escura, com faixas amarelo alaranjadas apenas nas asas anteriores. As asas possuem envergadura de 9 a 10 cm. As lagartas são marrom avermelhadas com listras longitudinais e possuem o corpo coberto por fina pilosidade, atingindo até 8,5 cm de comprimento no final de seu desenvolvimento.
A borboleta Brassolis sophorae é um pouco menor, com envergadura de 8 a 9 cm, sua coloração é marrom escura e possui uma faixa amarelo alaranjada tanto nas asas posteriores quanto anteriores. As lagartas são de coloração marrom escura com listras longitudinais esbranquiçadas e também tem o corpo coberto por pelos finos, medindo de 7 a 8 cm no final de seu desenvolvimento.
Nas duas espécies existe um dimorfismo sexual (diferença física entre macho e fêmea) acentuado, sendo as fêmeas maiores que os machos. Em B. sophorae elas têm, em média, o dobro do tamanho. Em ambas as espécies o desenvolvimento é o mesmo.
A lagarta é a forma nociva dessas pragas, tendo grande importância econômica por serem desfolhadoras. São capazes de devastar as copas das árvores em plantações voltadas a produção de frutos ou outros produtos, retardando seu crescimento e diminuindo sua produtividade, mas, geralmente não há a morte da planta. Além dos prejuízos econômicos, fazem com que as plantas usadas para ornamentação percam muito de sua beleza, deixando muitas vezes plantas sem folhas em clubes, residências, praças, parques e avenidas.
As lagartas se alimentam no horário próximo ao pôr-do-sol e ao início da noite, permanecendo inativas e reunidas em um abrigo nos outros períodos do dia, separando-se apenas quando formam pupas. Seu abrigo é construído pelas próprias lagartas através da junção de folíolos (subdivisão das folhas) por fios de seda, formando, em geral, um cartucho. A parte interna é recoberta por seda, tornando o ninho impermeável. Nas palmeiras de leque ou nas que possuem folíolos muito duros como os das tamareiras, no entanto, as lagartas escondem-se em vãos do tronco ou junto às bainhas das folhas e até mesmo em folhas velhas, que recobrem com a seda protetora. Esses comportamentos de proteção acabam dificultando o controle de sua população por uma maior diversidade de inimigos naturais, que ocorrem normalmente nos ecossistemas.
Nos abrigos, vivem em até uma centena indivíduos e, na medida em que vão crescendo, aumentam o abrigo ou constroem outro. O ninho pode atingir até 40 centímetros de comprimento por 10 centímetros de largura. Na parte inferior de cada ninho, há a existência de um pequeno buraco, por onde caem as fezes das lagartas. Uma boa maneira de localizar esses ninhos é procurar o acúmulo de fezes no chão ao redor de uma palmeira ou coqueiro, o ninho provavelmente estará logo acima.
Quando vão se alimentar saem ordenadamente, liberando um fio de seda, que é tecido pelas fiandeiras que possuem junto às peças da boca, formando um trilho que vai do ninho até o local de alimentação. O ninho fica coberto de seda, de tanto nele caminharem.
As lagartas se alimentam dos folíolos das plantas, podendo destruir toda a folhagem, restando apenas as nervuras centrais e a ráquis de cada folha. Todo esse estrago é resultante do grande número de indivíduos e do grande consumo de cada um. Elas variam de folha todos os dias, só voltando a uma mesma folha quando já atacaram todas as outras. Enquanto houver outras folhas disponíveis, a do abrigo é respeitada, mas se faltar alimento ela também será devorada, deixando o esconderijo bem à vista. São facilmente localizadas por seus estragos e também pelas fezes que se acumulam no chão. Em um local silencioso, pode-se ouvir o mastigar das lagartas se estivermos sob uma palmeira ou coqueiro baixo infestado.
Essa praga ataca preferencialmente as palmeiras (como coqueiro, dendezeiro, tamareira, palmeira imperial, etc), mas já foi encontrada se alimentando de bananeiras e cana de açúcar em estados do Nordeste.
No final do estágio larval já não precisam mais se alimentar e descem da palmeira para procurar um lugar para empupar. Saem em busca de um lugar vertical, usando freqüentemente casas e quaisquer construções humanas ou árvores. Em locais infestados podem ser vistas longas filas de lagartas saindo das árvores e buscando um local para empupar. A pupa é de coloração amarelo queimado com manchas pretas.
As borboletas desse gênero costumam voar ao nascer e ao por do sol. Na maioria das espécies, as borboletas e mariposas se alimentam de néctar, frutos fermentados ou até mesmo de exsudações de plantas e animais em decomposição. A alimentação é feita através de um longo aparelho bucal, chamado espirotromba. As borboletas de Lagarta das Palmeiras, entretanto, não se alimentam e tem esse aparelho bucal atrofiado, de forma que a sobrevivência e a energia para a reprodução dependem da qualidade e quantidade de alimento que conseguem ingerir quando ainda são lagartas.
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MARIMBONDO
Marimbondo é o nome comum para designar Himenópteros (Hymeno (membrana) + ptera (asas)), que são vespas das famílias Vespidae, Pompilidae ou Sphecidae. Existem espécies solitárias e sociais. Os marimbondos (vespas) solitários fazem seus ninhos das mais diversas formas; a maioria caça lagartas e leva para dentro de seus ninhos para servirem de alimento às larvas. Identifica-se um marimbondo solitário, pois, na maioria das vezes, possuem coloração preta com manchas amarelas e variam de 10 a 25 mm de comprimento.
Popularmente, todas as espécies de himenópteros que não são as abelhas nem as formigas, são conhecidas como vespas ou marimbondos. Algumas vespas são sociais, ou seja, apresentam simultaneamente sobreposição de pelo menos duas gerações adultas, cuidado cooperativo com a prole e divisão de trabalho reprodutivo, enquanto outras são solitárias. As sociais são familiares à maioria das pessoas e apresentam uma sociedade de castas, com a rainha, operárias e machos. Apenas as fêmeas podem ferroar, devido à presença do canal de saída do ovo (canal ovipositor).
O ninho das vespas sociais é construído com um material muito semelhante a papel, formado por madeira ou folhagem mastigada e elaborada pelo inseto. A rainha começa a construção de um novo ninho e ela mesma se encarrega de nutrir as primeiras larvas. Pouco tempo depois as operárias (nascidas da primeira ninhada) assumem o papel de cuidar das larvas e a rainha passa a apenas depositar os ovos. Nesta seqüência são depositados ovos que darão origem a machos e fêmeas.
Possuem abdome pedunculado (na maioria), quatro asas membranosas (sendo as anteriores muito maiores que as posteriores), antenas menores que o corpo, capazes de perceber odores; geralmente apresentam aparelho bucal mastigador muito forte e possuem hábito diurno. Seu sistema de visão é formado por dois olhos compostos e três simples.
Atuam na polinização das plantas e também fazem o controle de pragas agrícolas, uma vez que se utilizam de insetos para alimentar as crias. São atraídos por carne, peixes, sucos de frutas e xarope de gengibre.
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Mosquito e pernilongo são termos gerais para se referir a diversos insetos da família Culicidae. As fêmeas em muitas regiões são designadas vulgarmente como melgas outropeteiros. Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres, que são estruturas responsáveis pelo equilíbrio do inseto durante o vôo.
Em geral, apresentam dimorfismo sexual acentuado: as fêmeas apresentam antenas pilosas e são muito mais corpulentas que os machos, que apresentam antenas plumosas.
As fêmeas na maioria das espécies de mosquitos são hematófagas, ou seja, sugam sangue de outros animais, o que lhes deu a fama de serem os mais mortíferos vetores de doenças conhecido pelo o homem, matando milhões de pessoas ao longo de milhares de anos. O comprimento varia, mas raramente é superior a 16 milímetros, e peso de até 2,5 mg. Um mosquito pode voar por 1 a 4 horas continuamente até 1–2 km / h , viajando até 10 km em uma noite. A maioria das espécies alimenta-se no período de menos luminosidade, do entardecer ou amanhecer.
Os mosquitos são encontrados em quase todas as regiões do globo, exceto na Antártica. Eles conseguem habitar uma vasta gama de comunidades bióticas, como tundras, florestas boreais, montanhas, planícies e desertos.
Acredita-se que os mosquitos tenham evoluído cerca de 170 milhões de anos atrás, no momento o primeiro registro conhecido ocorreu durante o período Jurássico (199-144 milhões de anos atrás), com o mais antigos fósseis conhecidos são do Cretáceo (144-65 milhões de anos atrás). Acredita-se que tenham evoluído na América do Sul, espalhando-se inicialmente para o norte do continente Laurásia e re-entrando nos trópicos pelo norte do país. A família Culicidae, pertence à ordem Diptera e contém cerca de 3600 espécies em três subfamílias: Anophelinae (3 gêneros), o Culicinae (pelo menos 37 gêneros e mais de 80% de todas as espécies) e os Toxorhynchitinae (1 gênero).
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A palavra praga, num sentido amplo, é usada para se referir a uma espécie qualquer que tem capacidade de causar danos aos humanos, prejudicando a produção de alimentos, entre outros bens, ou nos causando desconforto de alguma forma.
Para a agricultura, entretanto, a definição de praga está relacionada aos prejuízos econômicos produzidos, em geral, por nematóides, ácaros ou pelos insetos, ou ainda por ervas daninhas que competem com as plantas de interesse comercial. É considerada uma praga econômica a população de insetos que causa um determinado nível de perda financeira, a qual varia de acordo com a praga em questão, com a cultura e época do ataque. Assim, pulgões podem ser pragas indiretas e melhor toleradas se estão, por exemplo, atacando as folhas das roseiras, das quais comercializamos as flores, mas são pragas diretas se, ao contrário, estão atacando as folhas da couve, que nós consumimos.
Definição
Pulgões são insetos pertencentes á Ordem Hemiptera, Subordem Homoptera, Subfamília Aphidoidea e da Família Aphididae. Essa família (Aphididae) pode ainda ser dividida em várias tribos (como por ex. Cinarini, Lachnini ou tribo Tramini) na classificação biológica, abrigando os gêneros e as espécies de pulgões.
Também chamados de afídeos, os pulgões possuem por volta de 4000 espécies descritas, sendo insetos predominantemente fitófagos, ou seja, que se alimentam da seiva das plantas, capazes de causar danos às plantas cultivadas e silvestres pelo seu ataque ou por transmitirem doenças aos vegetais.
Esses insetos são de tamanho pequeno (de 1mm a pouco mais de 5mm), podendo apresentar o corpo com formato túmido, em forma de pêra (piriforme) ou ovalar, uniformemente coloridos (de cor verde, amarela, alaranjada, violeta, parda ou negra), alguns podem apresentar áreas de cor parda escura ou negra. Depois de mortos, normalmente perdem a cor e o corpo pode se apresentar de uma forma diferente do que quando vivo, mostrando que são de consistência muito delicada. Dessa forma não podem ser guardados nas coleções senão em líquido conservador. Dentro de uma mesma espécie, em geral, apresentam formas variadas, e quando completamente desenvolvidos, os adultos são polimórficos e podem se apresentar sob três formas principais: a) alados (com asas), b) providos de tecas alares mais ou menos desenvolvidas e c) ápteros (sem asas).
Os pulgões apresentam em geral no final do abdômen dois apêndices laterais, chamados sifúnculos (ou cornículos), e uma cauda central chamada codícula. Na ponta dos sifúnculos existem pequenas aberturas por onde os pulgões liberam gotículas de hemolinfa e cera.
São conhecidas cerca de 2.000 espécies de Aphidoidea nas regiões temperadas do hemisfério norte, enquanto que poucas são conhecidas sendo originárias das regiões tropicais, inclusive do Brasil. Muitos dos pulgões encontrados parasitando vegetais no Brasil são insetos que vieram juntamente com plantas importadas e aqui se aclimataram. Entretanto, algumas espécies continuaram a parasitar as espécies vegetais com as quais foram importados, enquanto que outras espécies de pulgões conseguiram se adaptar às plantas aqui existentes, aumentando, assim, seu repertório alimentar.
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A ordem Hemiptera é constituída por cerca de 82.000 espécies com metamorfose incompleta, o que corresponde de 8% a 10% do total de insetos identificados. Dentre os insetos da ordem Hemiptera mais conhecidos estão os percevejos, barbeiros, maria-fedidas e barata-d’água .
As principais características morfológicas são as peças bucais alongadas, formando um bico ou tromba denominada rostro, que é delgado e usualmente segmentado, formando um aparato para perfurar o hospedeiro, animal ou planta, e sugar líquidos necessários para a alimentação. Os olhos são compostos e proeminentes. Não possuem palpos (apêndices articulados da boca) maxilares e labiais. A maioria é considerada alada, embora existam algumas espécies braquípteras (asas curtas). As asas anteriores são do tipo hemiélitro, quando em repouso as membranas se sobrepõem.
De uma maneira geral, os insetos da ordem Hemiptera possuem metamorfose simples ou incompleta. As asas desenvolvem-se externamente como botões ou tecas alares, que aumentam de tamanho a cada muda e tornam-se funcionais após a última muda.
Atualmente são reconhecidas as subordens Heteroptera, Auchenorryncha e Sternorryncha. As duas últimas constituem a antiga ordem Homoptera. Numerosos estudos sobre a filogenia dos “homóptera” baseados em caracteres morfológicos e empregando metodologia cladística(análise das relações evolutivas entre grupos de seres vivos, de modo a obter a sua “genealogia”) indicaram que o táxon(unidade de um sistema de classificação dos seres vivos) não é um grupo natural ou monofilético (grupo que inclui todas as espécies derivadas de uma única espécie ancestral). Além disso, estudos recentes empregando métodos moleculares suportam as inferências obtidas com dados morfológicos de que Sternorryncha seria o grupo-irmão de todos os outros Hemiptera.
Subordem Heteroptera
Também conhecidos como percevejos, os insetos da subordem Heteroptera constituem mais de 4.500 gêneros e 38.000 espécies conhecidos. Ocorrem em todas as regiões zoogeográficas (exceto Antártida) e sua adaptabilidade resultou em uma enorme diversidade estrutural e biológica.
Seus ovos em geral são arredondados, ovais, alongados, com cório (casca) simples e resistentes. Ainda, os ovos de muitos Hemiptera possuem um opérculo (especialmente bem desenvolvido em Cimicomorpha) e processos coriônicos ocos (aerófilos) de tamanhos e comprimentos variados.
As ninfas de quinto estádio podem ser classificadas como diminutas (com até 1 mm de comprimento), muito pequenas (com 2,0 a 4,0 mm), pequenas (com 5,0 a 6,0 mm), médias (com 7,0 a 15,0 mm), grandes (com 16,0 a 25,0 mm) e muitos grandes (com mais de 26,0 mm).
Apresentam cabeça triangular a quadrada, com as antenas implantadas lateralmente, frequentemente sobre tubérculos anteníferos. Labro (uma placa mais ou menos móvel e ampla que fica abaixo do clípeo) alongado, triangular, posicionados sobre a base do lábio que surge da região anterior da cabeça e estende-se até a região posterior.
O abdômen varia de oval a alongado, robusto, terminado em um segmento em forma de anel, que porta a abertura anal; os tergitos (escleritos/placas transversais no dorso abdominal) podem ser achatados ou levemente elevados, frequentemente esculturados, com tubérculos, espinhos e áreas pigmentadas.
Apteria (ausência de asas) ou braquiteria (presença de asas curtas) são de ocorrência freqüente na ordem Heteroptera. Os adultos ápteros ou braquípteros podem ser diferenciados das ninfas por possuírem a genitália externa desenvolvida. Em contraste, as formas jovens apresentam o segmento abdominal terminal em forma de anel e somente com abertura anal. Aberturas de glândulas metatorácicas estão presentes em frente ou pouco acima das metacoxas nos adultos, mas nunca nas formas jovens. Ocelos (olhos) estão presentes em adultos ápteros de algumas espécies, mas nunca ocorrem nas formas jovens ou não estão completamente desenvolvidos nas ninfas de quinto instar.
Muitas espécies sofrem mudanças de cor e estruturas morfológicas durante o desenvolvimento, dificultando a sua identificação, o que dificulta a identificação da espécie de Heteroptera através dos imaturos. Na maioria das vezes, é necessária a criação até a forma adulta ou a coleta de ovos e ninfas associadas com os adultos para uma identificação segura.
A maioria das espécies da ordem Heteroptera é terrestre, embora existam insetos aquáticos, incluindo aquelas formas que exploram a tensão superficial. Muitas espécies alimentam-se da seiva de plantas e algumas são consideradas pragas sérias em plantações cultivadas; outras são predadoras e algumas são muito úteis ao homem.
Algumas espécies de Heteroptera são hematófagas podendo ser vetores de doenças como o mal de Chagas, protozoose causada pelo flagelado Trypanosoma cruzii e transmitido pelo barbeiro ou chupanças (Triatoma spp., Rhodnius spp.,Panstrongylus spp.: família Reduviidae). Os ovos ora são postos separadamente, ora colocados formando grupos, com um número de ovos mais ou menos constante. As espécies fitófagas fazem posturas sobre as folhas. Muitas, porém providas de ovipositor, fendem os tecidos das plantas, depositando os ovos no fundo das incisões (posturas endofíticas).
Subordens Sternorryncha e Auchenorryncha
Incluem aproximadamente 44.000 espécies agrupadas em mais de 5.300 gêneros e em 55 famílias. Possuem grande variação na forma do corpo e muitas espécies são bastante degeneradas estruturalmente. As ninfas possuem entre 1,0 e 110,0 mm de comprimento. A característica mais distintiva das subordens, assim como nos Heteroptera, é a estrutura das peças bucais alongadas, em forma de “bico”, denominadas rostro. O rostro é constituído por dois pares de estiletes formados pelas mandíbulas e maxilas, envolvidas pelo lábio. Os estiletes formam um tubo com dois canais, um para a saliva e um para o alimento. O rostro aparentemente emerge da margem póstero-ventral da cabeça em Auchenorryncha ou aparentemente entre as pernas em Sternorryncha, o que permite separar as ninfas dessas subordens das de Heteroptera, exceto de Peloridiidae e alguns heterópteros aquáticos.
Imaturos da subordem Auchenorryncha possuem olhos compostos e botões alares como nos Heteroptera. Alguns imaturos da subordem Sternorryncha são curtos e em forma de cerda. Na fase adulta, os Auchenorryncha têm tarsos com 3 segmentos, mas nas fases jovens podem ter um, dois ou três segmentos tarsais, frequentemente, adicionando um tarsômero por muda; adultos e imaturos de Sternorryncha possuem tarsos 1 ou 2 segmentos.
O ciclo vital de alguns Sternorryncha é muito complexo, compreendendo gerações bissexuais e partenogenéticas (desenvolvimento de um ou vários organismos a partir de um óvulo não fecundado), indivíduos ou gerações aladas e ápteras e, algumas vezes, alternância regular de plantas hospedeiras. Todos os Sternorryncha e Auchenorryncha são fitófagos e muitas espécies constituem sérias pragas de plantas cultivadas; algumas transmitem doenças para as plantas. Outras são úteis, constituindo a fonte de goma-laca, corantes e outros materiais. Os ovos não possuem nenhuma diferenciação no cório. Podem ser postos folhas ou galhos, e o desenvolvimento é por paurometabolia, com número de estádios variável nos diferentes grupos. Nas cigarras, observa-se um tipo especial de paurometabolia, com formas jovens de vida subterrânea e uma fase de ninfa imóvel (hipometabolia). Machos de coccídeos, fêmeas de espécies do gênero Margarodes e os aleirodídeos desenvolvem-se mediante um processo que estabelece uma transição entre a heterometabolia (metamorfose incompleta, o animal passa pelas seguintes etapas: ovo-eclosão-ninfa1°estádio-ninfa2°estádio-ninfa3°estádio-ninfa4°estádio-ninfa5°estádio-adulto) e a holometabolia (metamorfose completa, ou seja, o animal passa por 4 fases até o seu desenvolvimento: ovo-larva-pupa-adulto).
Nenhum Auchenorryncha ou Sternorryncha é considerado aquático, apesar de os imaturos de algumas cigarras (Cicadidae) e cercopídeos (Cercopidae) viverem em orifícios com água e algumas cochonilhas (Coccoidea) e delfacídeos (Auchenorryncha, Delphacidae) infestarem plantas da zona entre marés.
Inimigos naturais
São presas de diversos vertebrados e de uma grande variedade de aranhas e parasitos. Seus ovos podem ser predados por ácaros e também por outros hemípteros, coleópteros, aranhas e escorpiões. Muitos Strepsípteros parasitam algumas espécies de Pentanomídeos, uma família comum de Hemiptera. Além disso, percevejos que habitam lugares úmidos são frequentemente atacados por fungos.
Importância
Os insetos se tornam pragas quando conflitam com o bem-estar humano, estética ou lucros. Portanto, o conceito de “praga” é definido de um ponto de vista puramente antropocêntrico. O status de praga de uma população de insetos depende da abundância de indivíduos bem como o tipo de incômodo ou injúria que o inseto causa. Injúria é o efeito geralmente deletério das atividades dos insetos (exemplo: a alimentação) sobre a fisiologia do hospedeiro, ao passo que dano é a perda mensurável de utilidade do hospedeiro, tal como qualidade ou quantidade da produção ou da estética.
Alguns percevejos são considerados “pragas” de plantas cultivadas, podendo resultar em danos a estas plantas, por sugarem da seiva e os cloroplastos, pela entrada de patógenos pelo corte feito para alimentação do percevejo e pela ação tóxica da saliva destes insetos.
No entanto, muitos possuem uma importância ecológica garantindo o equilíbrio ambiental. Muitos percevejos são úteis porque predam insetos nocivos às plantas. Outros possuem importância médica e veterinária; como os representantes da subfamília Triatominae, à qual pertence o barbeiro, transmissor da doença de Chagas; da família Cimicidae, à qual pertence o percevejo da cama Cimex lectularius e outros hematófagos de aves e mamíferos
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