Compondo a fase larval de alguns besouros, as brocas vão ter seu comprimento variando entre um e sete mm, com coloração indo do castanho até o preto, muitas vezes sendo recobertas por finos pêlos. A fase larval se dá integralmente no interior da madeira. Quando adultos tornam-se besouros, criam asas e abandonam tal local, deixando orifícios visíveis a olho nu.
As espécies urbanas encontradas são aquelas pertencentes às famílias Anobiidae e Lyctidae, sendo a Anobium punctatum e aLyctus brunneus, respectivamente.
• Lyctidae
São essencialmente xilófagos, ou seja, se alimentam de madeira. Indivíduos pertencentes à família Lyctidae procuram partes da madeira ricas em amido, principal fonte de alimento destes seres. Sendo assim, a deposição de ovos e o local de vivência dos lictídeos são determinados pela presença de tal substância.
• Anobiidae
Indivíduos que compõe a família Anobiidae possuem hábitos alimentares variados. Aqueles que são xilófagos preferem madeiras antigas, uma vez que ao longo do tempo a composição destas se modifica e se torna preferencial para eles.
Dentre as brocas, os anobídeos são os únicos capazes de digerir a celulose, componente primário da madeira. As demais somente a ingerem, expelindo a madeira sem digeri-la.
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Todos os artrópodes pertencentes à Classe Arachnida (chamados de aracnídeos) têm o corpo fundido em cefalotórax e abdome, quatro pares de patas e não têm antenas. Os pertencentes à Ordem Acari têm, além das características comuns à todos os aracnídeos, o corpo achatado, as aberturas traqueais (que servem para a respiração) geralmente abdominais e as peças bucais localizadas na “falsa cabeça” (gnatosoma).
A Ordem Acari inclui os carrapatos e os ácaros das sarnas e do pó domiciliar.
Distribuição Geográfica
Encontram-se em todas as partes do mundo, sendo, portanto, chamados de cosmopolitas.
Características
Apresentam o corpo dividido em duas regiões: gnatosoma (anterior) e idiosoma (posterior). Na gnatosoma encontram-se as peças bucais: quelíceras e palpos ou pedipalpos.
As quelíceras possuem estruturas semelhantes à pinças em suas extremidades e servem para cortar ou perfurar seus alimentos. Os palpos ou pedipalpos auxiliam na alimentação. Em alguns ácaros, como nos carrapatos, existe ainda o hipóstomo, estrutura que auxilia na fixação do ácaro ao corpo do hospedeiro.
Dentre as subordens existentes na ordem Acari, as mais importantes do ponto de vista médico e veterinário são: Trombidiformes, Ixodides e Sarcoptiformes.
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A Classe Arachnida têm cerca de 60.000 espécies conhecidas, mas estima-se que este número seja da ordem de um milhão. Todas as aranhas pertencem à Ordem Araneae, que atualmente compreende 109 famílias, 3.694 gêneros e 40.462 espécies conhecidas.
As aranhas possuem algumas características exclusivas, a saber, fiandeiras associadas à glândulas de seda (teia), pedipalpos modificados em bulbo copulador nos machos e glândulas de veneno associadas às quelíceras.
A maioria das aranhas possui porte pequeno, entre 2 e 10 mm, mas algumas espécies de caranguejeiras podem atingir até 30 cm. As aranhas são predadores, portanto têm estratégias para capturar suas presas. Sendo importantes e fascinantes seres do ambiente natural, ocupam praticamente todos os habitats disponíveis, e também ocorrem no ambiente sinantrópico (junto ao homem).
Mais de 95% das aranhas pertencem à dois grupos principais, as da Infraordem Mygalomorphae, as caranguejeiras, e as da Infraordem Araneomorphae, que congregam a maioria das espécies, inclusive aquelas que podem causar acidentes no homem. Os três principais grupos de aranhas sinantrópicas que podem causar acidentes no homem são, as “aranhas-marrom” do gênero Loxosceles, as “aranhas armadeiras” do gênero Phoneutria e as “viúvas negras” do gênero Latrodectus. Muitas outras aranhas que vivem em nossas residências ou peridomicílio não têm importância médica, tal como, as “aranhas de jardim” da família Lycosidae, as Pholcidae, algumas espécies de Theridiidae e de “papa-moscas” como as da família Salticidae dentre outras.
As espécies de aranhas que acabam se aproximando do ambiente urbano o fazem geralmente quando seus habitats naturais são destruídos pelo próprio homem, o que acontece, por exemplo, quando são desmatadas áreas para construções, de forma que o homem é quem se aproxima da casa desses animais, favorecendo o contato que pode resultar nos acidentes.
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De modo geral, o corpo dos escorpiões é separado em duas regiões: o prosoma (cefalotórax) e o opistosoma (abdome). O prosoma é coberto dorsalmente por uma carapaça. Parcialmente abaixo dessa carapaça, posiciona-se um par de quelícera responsável por rasgar e dilacerar a presa. Acima da carapaça existem 5 pares de olhos. O primeiro par, grande e primitivo, possui capacidade de percepção da presença ou ausência da luz. Os demais pares provavelmente regulam o relógio biológico do animal. Além disso, na região do prosoma há 4 pares de patas e um par de pedipalpos.
Estes servem para capturar, conter e esmagar a presa, além disso, podem dar proteção contra um predador. Já o opistosoma é composto pelo mesosoma (pré-abdome) e metasoma (pós-abdome). O mesosoma apresenta dorsalmente 7 segmentos (Tergitos) e ventralmente 5 segmentos (Esternitos). Por sua vez, o metasoma erroneamente denominado de cauda, possuí 5 segmentos arredondados e o Telson. O Telson é composto de uma vesícula com duas glândulas de veneno e um ferrão (aguilhão) que serve para inocular o veneno na presa.
O veneno do escorpião, cuja principal função é imobilizar um animal e, secundariamente, auxiliar na defesa contra um predador, contém um complexo químico composto principalmente de neurotoxinas que agem no sistema nervoso e causam dor e aumento da pulsação cardíaca. Em alguns casos, a toxicidade desse veneno pode ser comparada com o volume dos pedipalpos, ou seja, quanto mais robusto os pedipalpos do animal, menos poderoso é o seu veneno e vice-versa.
No Brasil, os escorpiões de importância médica pertencem ao gênero Tityus, que é o mais abundante em espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical. Do ponto de vista da saúde pública, existem 5 espécies principais que podem acarretar um sério prejuízo ao homem.
A espécie Tityus serrulatus é a mais importante devido a potência do seu veneno e a abundância de indivíduos no ambiente urbano, já que esse escorpião se reproduz por partenogênese (sem presença de um macho). Esse animal, popularmente chamado de escorpião-amarelo, mede aproximadamente de 6 a 7 cm e possui coloração marrom, porém com pedipalpos, patas e cauda amarelada. Além disso, os dois último segmentos do metasoma apresentam uma serrilha dorsal e, ventralmente, uma mancha escura. A espécie Tityus bahiensis mede também cerca de 6 a 7 cm e possui coloração do corpo e do metasoma marrom. Também conhecido como escorpião-marron, os pedipalpos e patas desses animais apresentam manchas escuras. Já oTityus stigmurus, de coloração amarelo-escuro, apresenta um triângulo negro no cefalotórax, uma faixa escura longitudinal mediana e manchas laterais escuras nos tergitos. Essa espécie também mede cerca de 6 a 7 cm e está presente somente na região nordeste do Brasil. Por sua vez, a espécie Tityus cambridgei, presente somente na região amazônica, possui coloração do corpo, patas e pedipalpos quase negra e mede aproximadamente 8,5 cm. Tanto Tityus stigmurus como a espécie Tityus cambridgei são vulgarmente chamados de escorpião-preto. Finalmente, a espécie Tityus metuendus possui coloração do corpo vermelho-escuro, quase negro, com manchas avermelhadas no dorso. As patas contêm manchas amareladas e o metasoma apresenta um espessamento no 4° e 5° artículos. O indivíduo adulto dessa espécie também mede por volta de 6 a 7 cm de comprimento.
Os escorpiões surgiram no mar e com certeza formam um dos grupos mais remotos de aracnídeos a conquistar a superfície da Terra. Esses animais adaptaram-se muito bem ao meio ambiente urbano e atualmente, convivem desarmonicamente com a sociedade devido ao mal-estar biológico que seu veneno pode causar no corpo humano. Apesar do pavor psicológico que os escorpiões representam para algumas pessoas, no seu ambiente natural esses artrópodes têm uma participação importante na cadeia alimentar como predadores e, portanto, controlam o crescimento populacional de outras espécies, principalmente de insetos como as baratas.
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Chegando pela Península Itálica, em 1348, essa doença afligiu tanto o corpo, quanto o imaginário de populações inteiras que sentiam a mudança dos tempos por meio de uma manifestação física. Assim como a Aids, a peste negra foi considerada por muitos um castigo divino contra os hábitos pecaminosos da sociedade.
O contato humano com a doença desenvolve-se principalmente pela mordida de pulgas ou pela transmissão aérea. Em sua variação bubônica, a bactéria cai na corrente sangüínea, ataca o sistema linfático provocando a morte de diversas células, e cria dolorosos inchaços entre as axilas e a virilha. Com o passar do tempo, esses inchaços, conhecidos como bubões, se espalham por todo corpo. Quando ataca o sistema circulatório, o infectado tem uma expectativa de vida de aproximadamente uma semana.
Além de atacar o sistema linfático, essa doença também pode atingir o homem pelas vias aéreas atacando diretamente o sistema respiratório. Essa segunda versão da doença, conhecida como peste pneumônica, tem um efeito ainda mais devastador e encurta a vida do doente em um ou dois dias. Em outros casos, a peste negra também pode atingir o sistema sangüíneo. Desprovida de todo esse conhecimento científico sobre a doença, a Europa medieval explicava e tratava da doença de formas diversas.
Desconhecendo as origens biológicas da doença, muitos culpavam os grupos sociais marginalizados da Baixa Idade Média por terem trazido a doença à Europa. Alguns registros da época acusavam os judeus, os leprosos e os estrangeiros de terem disseminado os horrores causados pela peste negra. No entanto, as condições de vida e higiene nos ambientes urbanos do século XIV são apontadas como as principais propulsoras da epidemia.
Na época, as cidades medievais agrupavam desordenadamente uma grande quantidade de pessoas. O lixo e o esgoto corriam a céu aberto, atraindo insetos e roedores portadores da peste. Os hábitos de higiene pessoal ofereciam grande risco, pois os banhos não faziam parte da rotina das pessoas. Além disso, os aglomerados urbanos contribuíram enormemente para a rápida proliferação da peste. Ao chegar a uma cidade, a doença se instalava durante um período entre quatro e cinco meses.
Depois de diversas vidas serem tiradas pela doença, esses centros urbanos ficavam abandonados. Os que sobreviviam à doença tinham que, posteriormente, enfrentar a falta de alimentos e a crise sócio-econômica instalada no local. Por isso, muitas cidades tentavam se precaver da epidemia criando locais de quarentena para os infectados, impedindo a chegada de transeuntes (pessoas que andam sem destino) e dificultando o acesso aos perímetros urbanos. Sem muitas opções de tratamento, os doentes se apegavam às orações e rituais que os salvassem da peste negra.
Estudiosos calculam que cerca de um terço de toda população européia teria sucumbido ao terror da peste.
Outra doença relacionada às pulgas e que muito aterrorizou a história humana, principalmente na segunda guerra mundial, foi o tifo. Atingia particularmente os exércitos em campanha e as populações prisionais.
Alguns historiadores acreditam que foi o Tifo a doença misteriosa que atingiu Atenas no século de Péricles (430 a.C), um evento associado ao declínio dessa grande cidade-estado.
Uma das epidemias mais importantes foi aquela que atingiu Napoleão Bonaparte e a sua Grande Armée na sua campanha de invasão da Rússia, em 1812. Durante a retirada das suas tropas após a destruição de Moscou pelos russos, as tropas de Napoleão foram reduzidas de 600.000 a 40.000 mais devido ao Tifo e ao frio que às tropas inimigas.
As medidas higiênicas militares, hoje parte importante da disciplina de todos os exércitos, foram introduzidas pelos franceses em reação à mortalidade pelo Tifo. A obrigatoriedade de raspar a barba e cortar o cabelo rente foi uma medida inicialmente usada nos soldados e visava erradicar as pulgas transportadoras da infecção. Antes de se descobrir que a higiene e a limpeza das roupas reduziam as mortes por tifo, a higiene não era grande preocupação para os oficiais. Devido a estas medidas, durante a primeira guerra mundial na frente ocidental quase não houve mortes por Tifo, enquanto na frente oriental, após a quebra de autoridade que se seguiu à Revolução de Outubro na Rússia Czarista, três milhões de pessoas morreram da doença.
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Podemos reconhecer as moscas pela cabeça, nitidamente distinta e móvel, com dois grandes olhos facetados, isto é, como se fosse dividido em várias partes (facetas). Algumas moscas possuem o aparelho bucal com capacidade de absorver líquidos, enquanto que em outras o aparelho bucal é do tipo picador.
Apesar de algumas espécies serem nocivas, muitas são úteis na polinização de flores, decomposição da matéria orgânica, fonte de alimento para peixes, anfíbios, répteis, pássaros, etc. Além de que as espécies de Drosophila são utilizadas como animais experimentais principalmente para estudos genéticos, podendo trazer benefícios ao homem. Outras espécies são utilizadas como agentes de controle biológico de plantas daninhas bem como de insetos pragas.
A mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans) pode ser facilmente distinta da mosca comum, por possuir um aparelho bucal longo, como uma agulha apontada para frente, pois é uma mosca que perfura a pele dos hospedeiros para sugar sangue. Pode picar seres humanos e, eventualmente, sua picada pode ser muito dolorosa.
Há vários outros tipos de moscas menos freqüentes nas residências, mas não nas cidades. Há aquelas que se alimentam de cadáveres onde também pões seus ovos (família Sarcophagidae); outras de cores metálicas (família Calliphoridae) que vivem no lixo, e preferem carne e seus derivados; ainda existem as drosófilas (moscas das frutas) e também os Tabanídeos (moscas das cachoeiras, dos cavalos ou mutucas) que picam dolorosamente.
As espécies mais importantes consideradas “pragas” são: Musca domestica, Cochliomyia hominivorax e Dermatobia hominis.
A Musca domestica é considerada uma praga urbana e é a mais importante, tendo em vista que pode transmitir organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos) que podem causar doenças no homem e em animais domésticos.
A Cochliomyia hominivorax é tanto uma praga rural quanto urbana e causa miíase obrigatória. Moscas que causam miíase obrigatória são aquelas que precisam se desenvolver sobre ou dentro de vertebrados vivos.
Já a Dermatobia hominis causa miíase obrigatória, porém é uma praga rural, pois não possui hábitos urbanos.
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A presença de columbídeos em áreas urbanas tem duas origens: uma, mais recente, em função da devastação de seus ambientes naturais de ocorrência, o que levou esses animais à procura de locais com maior oferta de abrigos e alimentos; outra é a domesticação de pombos, prática que já se iniciava há cerca de 5.000 anos pelos povos asiáticos.
Dessas espécies presentes em áreas urbanas a Columbia livia, popularmente conhecida como pombo-doméstico, se destaca por sua grande proliferação e também por trazer prejuízos na convivência direta com o homem, sendo assim considerada animal sinantrópico.
Principais espécies que foram beneficiadas pela ação humana:
Columba picazuro (Asa-branca): quando em vôo, a principal característica é a faixa branca na parte superior das asas. Possui um tamanho médio de 35 cm. Esta espécie vem sendo beneficiada com os desmatamentos, ampliando muito sua população e áreas de ocorrência.
Zenaida auriculata (Avoante): possui coloração acinzentada e duas linhas pretas próximas aos olhos. Possui um tamanho médio de 20 cm. Assim como a Asa-branca, essa espécie se beneficiou com os desmatamentos, principalmente no Estado de São Paulo, tornando-se uma das aves mais comuns nas áreas devastadas do interior do Estado.
Columbina talpacoti (Rolinha): a fêmea possui coloração bege, sem o contraste do cinza na cabeça, característica típica do macho da espécie. Seu tamanho médio é de 15 cm. Uma das pombas mais comuns no Brasil que se adequou muito bem à vida nas cidades, tornando-se uma das mais características aves urbanas.
Columba livia (Pombo-doméstico): é a pomba mais conhecida das áreas urbanas. Possui um tamanho médio de 40 cm.
O pombo-doméstico é uma ave exótica, originária da Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia, onde são conhecidas como Pomba-das-Rochas. Em função de serem animais dóceis, o homem iniciou sua domesticação há 5.000 anos para diversas finalidades tais como ornamentação, companhia, trabalho (pombos-correio) e alimentação. No Brasil, elas foram introduzidas pelos colonizadores europeus a partir do século XVI.
Em muitos lugares, os pombos-domésticos escaparam, perderam-se ou foram soltos intencionalmente. Dessa forma, ao encontrarem nas cidades abrigos e grande oferta de alimentos lá se instalaram e proliferaram.
Essas aves abrigam-se e constroem seus ninhos em locais altos. Essa característica facilitou sua instalação nas cidades onde se encontram prédios, torres de igrejas, forros de casas, entre outros. Além disso, alimentam-se principalmente de grãos e sementes, mas também podem reaproveitar restos de alimentos e lixo, o que faz das cidades locais com ótimas ofertas de alimentação. Com tantas condições favoráveis à sua proliferação, os pombos têm apresentado populações muito numerosas em diversas cidades, tornando-se assim alvo de preocupação ambiental e de saúde pública.
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As formigas vivem em colônias e são divididas em castas, a casta das formigas rainhas, das formigas machos e das formigas fêmeas estéreis. Estas vão se diferenciar pelo tipo de alimento que lhes é fornecido durante toda a fase larval. Tal condição vai acabar por caracterizar as diferenças morfológicas de cada casta. Cada uma delas dura em torno de 15 anos, iniciando no momento em que uma formiga rainha cruza com um macho de casta diferente da sua e reproduz formigas obreiras e, terminando no momento em que a formiga rainha não consegue mais reproduzir.
As formigas são divididas em três tipos:
• Formigas rainhas: possuem asas e podem reproduzir fêmeas. Vivem aproximadamente de quinze a vinte anos.
• Formigas machos: possuem asas e vivem apenas algumas semanas com o único intuito de reproduzir
• Formigas fêmeas estéreis: são as formigas operárias ou obreiras, reproduzem machos sem a necessidade de serem
fertilizadas. Vivem aproximadamente um ano.
Trabalho
• Obreiras: cuidam da rainha, dos ovos, das larvas e de pupas.
• Cuidadoras da manutenção de ninhos: abrem e fecham as entradas dos ninhos, mantêm estruturas e passagens
dentro da colônia.
• Patrulheiras: designam os caminhos destinados para o forrageamento.
• Forrageiras: seguem caminhos designados para elas, para acumular comida para a colônia.
• Trabalhadoras de Meio-dia: manejam o lixo, chamado de meio-dia, e que parece ter uma significante relação a como
as formigas acham sua colônia.
Atribuição de Tarefas
Não existe uma fonte de liderança, diferentemente de como muitas pessoas acreditam. A Rainha está lá apenas para reproduzir e não para controlar a colônia.
Quando ocorrem alterações nas condições na colônia, a ênfase em certo trabalho se altera. Trabalhadores são movidos de uma tarefa para outra dependendo da necessidade. Quando se trata do forrageamento, ao ser o trabalho mais importante, vai ter prioridade ante qualquer outra tarefa.
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De modo geral, as baratas sinantrópicas apresentam corpo oval, largo e achatado, cabeça curta e antenas longas e móveis, com função na comunicação, no reconhecimento do parceiro durante o cortejo de acasalamento e nas percepções de odores. Possuem elevada taxa reprodutiva, já que a fêmea é capaz de gerar dezenas de descendentes de uma única cópula com um macho. Esses insetos são, por excelência, onívoros e forrageiam à procura de comida e água durante à noite, devido a maior proteção contra predadores que a ausência de luz pode proporcionar. Esses insetos habitam o interior de fendas e rachaduras, onde encontram abrigo, calor, umidade e acúmulos de sujeira como restos de comida e entulho.
Entre as espécies sinantrópicas mais comuns de interesse médico estão Periplaneta americana, popularmente denominada de barata americana, barata vermelha, barata voadora ou barata de esgoto; a espécie Blatella germanica também conhecida como barata alemãzinha, “francesinha” ou paulistinha e a Blatta orientalis cujo nome popular é barata oriental. A barata americana é a maior espécie doméstica podendo chegar de 4 a 5 cm de comprimento. Ela apresenta uma coloração avermelhada com um bordo amarelo vivo no escudo protetor da cabeça e as asas, no macho, ultrapassam um pouco o comprimento do abdômen, enquanto que das fêmeas possuem o mesmo comprimento do corpo. Já a barata alemãzinha possui altíssima taxa reprodutiva sendo a espécie de maior freqüência nas cozinhas. É um inseto pequeno com comprimento aproximado de 1,5 cm e apresenta duas faixas longitudinais mais escuras no escudo protetor da cabeça. Por sua vez, a barata oriental, bastante comum no Brasil, caracteriza-se por não voar devido ao reduzido tamanho das suas asas. Têm coloração marrom escuro e os machos medem cerca de 3 a 4 cm de comprimento enquanto as fêmeas por volta de 2 a 3 cm. No Brasil, outras baratas domésticas também podem viver e reproduzir-se junto ao ambiente urbano, entretanto com menor freqüência ou em regiões específicas do País.
A presença dessas baratas no ambiente doméstico pode ser determinada pela observação do animal ou por meio das fezes, ovos ou pelo cheiro que exalam. Estima-se que num ambiente infestado com a espécie Blatella germanica (barata alemãzinha) existam aproximadamente 1.000 indivíduos no local. Por isso, a prevenção é a melhor maneira de evitar infestações.
As baratas sinantrópicas adaptaram-se bem ao meio ambiente urbano e convivem de modo desarmônico com a sociedade humana, já que, além do pavor que representam para algumas pessoas, podem carregar consigo patógenos prejudiciais à saúde. Entretanto, vale ressaltar que no seu ambiente natural esses insetos desempenham o papel ecológico de cicladores de nutrientes e de redução da madeira morta, aspectos fundamentais para manutenção da vida no planeta.
Outros Aspectos Biológicos
O sistema nervoso das baratas segue o padrão dos artrópodes com o gânglio cerebral sendo regionalizado e inervando partes determinadas dos olhos, antenas e peças bucais, bem como, glândulas salivares e musculatura. Corpos glandulares e certas células neurosecretoras regulam o crescimento e a metamorfose. Seu sistema respiratório é composto por traquéias, isto é, um complexo de túbulos que se abrem para o exterior através de pequenas aberturas na parede do corpo e que conduzem o oxigênio do ar diretamente às células. O sangue das baratas é denominado de hemolinfa, um fluído, no geral incolor, contendo células especiais para a coagulação, defesa contra microorganismos e substâncias estranhas, cicatrização e distribuição de nutrientes. Tanto as peças bucais como o trato digestivo têm adaptações à dieta alimentar das baratas e o armazenamento, a síntese e regulação de açúcares, gorduras e proteínas são realizadas por um tecido que recobre o tubo digestório.
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Esses dentes, situados na porção anterior da boca, crescem continuamente. Têm formato de meio círculo, não possuem raiz fechada e a porção posterior do dente tem a dentina exposta. Então, o ato de roer permite que os dentes sejam afiados e não cresçam em excesso. Isto significa que, se esses animais não utilizarem os dentes (não roerem), os incisivos não param de crescer e podem voltar à raiz, ou seja, fechar o semi-círculo, prejudicando fatalmente o animal.
Assim, esses animais estão sempre roendo. Não importa se é alimento ou não, eles não podem ficar sem utilizar seus dentes. Devido a esse fator importante, os roedores passam a maior parte do tempo procurando substâncias para afiar os dentes. Além disso, podem viver e/ou andar nos mais diversos lugares, como galerias ou fios e cabos elétricos, o que causa grande prejuízo ao homem.
No Brasil, a ordem dos roedores apresenta cerca de 74 gêneros e 236 espécies, ou seja, somente no Brasil, ocorrem mais de 230 espécies diferentes desses animais. Como sempre estão em busca de abrigo e alimento, muitas vezes acabam trazendo desconforto e perturbação em várias regiões, principalmente as grandes cidades. Porém, é importante saber que a grande maioria dessas espécies não causa perturbação alguma ao homem, pois são espécies silvestres que vivem restritamente nos locais em que estão adaptadas, como florestas, cerrado, caatinga.
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